Ação integrou campanha dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra Meninas e Mulheres, destacando a importância da conscientização e denúncia
No dia 10 de dezembro, a Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres de Mesquita promoveu uma roda de conversa em alusão à campanha dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra Meninas e Mulheres. A iniciativa aconteceu na Câmara Municipal e fortaleceu o debate sobre o tema, reunindo profissionais da Educação, Saúde, Assistência Social e Segurança Pública, além de representantes da sociedade civil.
Durante o encontro, foram debatidas formas de enfrentar e prevenir diferentes tipos de violência que afetam mulheres, com destaque para as agressões psicológicas, morais e patrimoniais, muitas vezes naturalizadas no cotidiano. A violência patrimonial é o ato que causa retenção, subtração, ocultação ou controle de bens, sejam eles de valor financeiro ou sentimental, para tentar controlar a vítima, perdendo sua total liberdade. Já violência psicológica é o ato que causa dano emocional e mental, envolvendo humilhações, gritos, ofensas, chantagem e manipulações. Por fim, a violência moral visa ferir a honra, reputação ou a dignidade de uma mulher, configurando-se legalmente como calúnia, difamação ou injúria, por meio de xingamentos, acusações falsas, exposição da vida íntima, críticas mentirosas ou desvalorização da vítima.
Os participantes reforçaram que o aumento dos registros está ligado à maior conscientização das vítimas sobre seus direitos. “A educação é fundamental, porque existem mulheres que ainda não reconhecem que estão inseridas em situação de violência”, diz Silvania Almeida, coordenadora municipal de Políticas Públicas para as Mulheres.

A importância da atuação de escolas como espaço de acolhimento e proteção também foi ressaltada, assim como o fortalecimento da independência financeira das mulheres, fatores essenciais para a construção da autonomia, da igualdade de oportunidades e do enfrentamento às diversas formas de violência. Além disso, todos reforçaram a necessidade de denunciar essas situações.
“Seguir um protocolo é fundamental para a proteção da mulher em situação de violência. O atendimento é totalmente sigiloso, garantindo segurança e preservação da identidade. Então, se você conhece alguém que esteja passando por isso, denuncie, ligue 153”, diz Ricardo Rosário Campanharo, guarda municipal e coordenador de Políticas de Proteção à Mulher e à Família.

