Iniciativa da Assistência Social de Mesquita estava na agenda de Outubro Rosa da cidade e abordou a importância do autoexame, do atendimento e do acompanhamento médico
A Coordenadoria Municipal de Políticas para Mulheres de Mesquita promoveu, na última sexta-feira, 24 de outubro, uma palestra informativa em alusão ao Outubro Rosa, campanha de conscientização para a prevenção do câncer de mama e colo de útero, realizada na Unidade de Pronto Atendimento de Edson Passos. Realizada para as profissionais da unidade médica estadual, a iniciativa tratou de temas relevantes voltados à prevenção da doença, com falas que abordaram a necessidade de atenção desde os primeiros incômodos, a busca por tratamento e aceitação do diagnóstico. Com a participação de mais de 30 mulheres, a ação também ofereceu serviços de maquiagem para as profissionais presentes.
Ao longo da palestra, foram destacados cuidados a serem realizados para a prevenção do câncer de mama, como a adoção de hábitos mais saudáveis, atividades físicas e alimentação rica em frutas e vegetais, além de evitar o consumo de álcool e outras drogas. Em sua fala, a coordenadora municipal de Políticas Públicas para Mulheres e responsável pelo Espaço da Mulher Mesquitense, Silvania Almeida, reforçou também a importância da realização dos exames clínicos e do acompanhamento médico regular.
“Uma em cada oito mulheres pode desenvolver câncer de mama, e essa tendência pode se agravar, principalmente quando a gente não procura atendimento adequado e rápido. Muitas vezes, sentimos algo diferente e preferimos ignorar. Uma dorzinha pode durar uma semana, duas, um mês, e a gente vai empurrando. O mesmo acontece quando passamos a mão e sentimos um caroço no seio. Associamos ao período menstrual, ao estresse, inventamos desculpas para o que ainda nem sabemos o que é. Isso é perigoso. Sentiu dor, desconforto, algo diferente? Procure atendimento”, alertou Silvania.
Além disso, foram apresentados os principais sinais dados pelo corpo, como alterações no formato das mamas, presença de nódulos, secreções, dores persistentes e mudanças na textura da pele.
“Ao percebermos esses sinais, não podemos, nós mesmas, justificar o que sentimos. É preciso procurar um atendimento especializado, realizar exames e investigar a fundo, porque corremos o risco de não conseguir identificar ainda nos estágios iniciais. Mas, ao mesmo tempo, é importante lembrar que receber o diagnóstico de câncer de mama não significa o fim. Significa que você se cuidou, que procurou ajuda, que está no caminho do tratamento. Não é fácil, mas existe tratamento, e quanto mais cedo ele começa, maiores são as chances de cura”, ressaltou a coordenadora municipal de Políticas Públicas para Mulheres.
A ação, realizada em colaboração com a coordenação da Unidade de Pronto Atendimento, promoveu serviços de beleza às participantes e incentivou momentos de troca entre as profissionais do equipamento e a equipe da Coordenadoria Municipal de Políticas para Mulheres. Durante o encontro, as funcionárias da unidade puderam compartilhar experiências sobre casos de enfrentamento ao câncer de mama, assim como destacar a diferença que um olhar mais humanizado e acolhedor, com escuta das necessidades dos pacientes, promove no processo de diagnóstico, tratamento e recuperação dessas pessoas.
“A gente sempre fala aqui que a clínica é soberana, e isso quer dizer que os sinais e sintomas que o corpo mostra devem ser levados a sério, mesmo quando os exames parecem tranquilos. Já observei o caso de uma mulher que sentia um nódulo palpável, doloroso. Ela já tinha feito dois exames que indicavam benignidade mas, ainda assim, não ficou satisfeita. Disse à médica que aquilo a incomodava muito, que doía até para dormir, e pediu uma ressonância para tirar a dúvida. Quando fez o exame, era de fato um câncer de mama. Esse caso mostra como é importante conhecer o próprio corpo e prestar atenção aos sinais que ele dá. O Outubro Rosa é importante porque dá visibilidade à causa e faz com que as mulheres entendam que, quando algo está errado, é preciso buscar ajuda”, contou a fisioterapeuta da unidade, Gabriela Medeiros, de 27 anos.
 
				 
								 
															

 
