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Oficinas comunitárias para revisão do Plano Diretor em Mesquita 

Primeira atividade foi realizada no dia 17 de maio e promoveu a discussão de melhorias na cidade, com novos encontros marcados para este sábado

Pensar o futuro de Mesquita a partir das vivências da população. Esse é o objetivo das oficinas comunitárias de revisão do Plano Diretor Participativo do município. Com o próximo encontro marcado para sábado, dia 24 de maio, as oficinas, que buscam entender os problemas das localidades pelo olhar do morador, promovem a participação ativa da sociedade civil na construção de propostas para o desenvolvimento urbano da cidade, com diretrizes para os próximos 10 anos. O evento acontecerá em dois locais: na Escola Municipal Vereador Américo dos Santos, em Banco de Areia, às 10h, reunindo moradores do BNH, Rocha Sobrinho, Vila Norma, Banco de Areia, Jacutinga e Santo Elias;  e na Vila Olímpica, às 14h, para os bairros Cosmorama, Vila Emil, Cruzeiro do Sul e parte de Juscelino.

Planejar a cidade é fundamental, porque não dá para pensar no futuro sem compreender o que está ao nosso redor e de que forma podemos crescer de maneira organizada. Iniciativas como essa são importantes justamente por isso: ajudam a cidade a se preparar e a construir um ambiente melhor para todos. E o Plano Diretor tem esse papel, de orientar e promover o desenvolvimento sustentável e alinhado às necessidades da comunidade” explica a arquiteta Caroline Mello, integrante da consultoria responsável pela revisão do plano.

O primeiro encontro foi realizado no dia 17 de maio e foi promovido em dois horários e localidades diferentes. Na parte da manhã, a atividade aconteceu na Escola Municipal Ernesto Che Guevara e abrangeu os bairros da Chatuba e Edson Passos. Já na parte da tarde, a ação aconteceu no Centro Cultural Mister Watkins, e contemplou as regiões do Centro, Santa Terezinha, Coreia, Alto Uruguai e parte de Juscelino. Durante o evento, foi apresentada aos presentes uma contextualização do andamento do processo de revisão do Plano Diretor, com explicações sobre as etapas do projeto e o cronograma dos trabalhos a serem realizados. 

O Plano Diretor não é um trabalho construído só pela consultoria ou pela prefeitura, é um trabalho para toda a cidade e precisa ser um processo participativo. E qual a importância desse processo? A gente tem um olhar técnico, o pessoal da equipe técnica da prefeitura tem um olhar técnico, então a gente precisa complementar essa visão técnica com a visão comunitária, a visão de quem conhece o dia a dia do município, de quem vive aqui, que são os moradores”, complementa  o também arquiteto da consultoria responsável pela revisão do plano, Daniel de Souza Lima. 

Uma atividade participativa foi proposta, intitulada “Dinâmica de visão de futuro”, onde os moradores, separados em grupos distintos, precisavam identificar as potencialidades da região, ou seja, os elementos positivos que o município possui e que podem ser potencializados, além dos desafios, que são os problemas ou dificuldades a serem enfrentados e resolvidos. Com um mapa do território, os grupos tiveram uma hora para discutir entre si as medidas necessárias para melhoria da cidade e articular possíveis propostas. 

Nos tópicos elaborados pelos moradores, foram abordados temas como saúde, segurança pública, meio ambiente, coleta seletiva, transporte público, ampliação de serviços e atendimentos à população, políticas socioassistenciais e culturais, mobilidade urbana, acessibilidade, iluminação pública e regularização fundiária. 
O Plano Diretor é o principal instrumento de planejamento da cidade, por isso é crucial ouvir a população. Eles vivenciam tanto as coisas boas quanto os problemas. Enquanto setor público, temos uma visão mais técnica e macro, mas essa troca com a comunidade nos ajuda a entender as necessidades de cada bairro. Essa metodologia, feita especificamente para esta revisão do plano — dividir a cidade em quatro áreas —, visa justamente entender as especificidades de cada local. E as propostas que vão sair daqui, juntando as propostas que vão sair das outras áreas,  nos proporcionarão um leque mais amplo de opções para realmente melhorar o futuro de Mesquita. Esse é o nosso objetivo”, declara Fabiana Loiola, arquiteta e urbanista da Prefeitura Municipal de Mesquita.

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