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Educação de Mesquita promove Feira Artística Literária

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Evento aconteceu em todas as unidades da rede pública municipal e celebrou produções artísticas dos estudantes baseadas em temas como representatividade, sonhos e autoestima

Era uma manhã de sábado. Porém, no dia 28 de maio, os corredores das 37 escolas públicas municipais de Mesquita estavam repletos de educadores, estudantes, responsáveis, entre outras pessoas que marcaram presença para prestigiar os trabalhos expostos na Feira Artística Literária, promovida pela Educação municipal. O evento buscou trabalhar propostas pedagógicas através de expressões artísticas, como música, teatro, poesia e literatura. Assim, surgiu a oportunidade para que os estudantes e profissionais da rede mostrassem seu talento através de trabalhos produzidos em conjunto.

Localizada na Chatuba, a Escola Municipal Ernesto Che Guevara adotou a temática “personalidades afro-brasileiras”. Nesse âmbito, foram desenvolvidas exposições dedicadas a homenagear figuras negras relevantes para a cultura, esporte, política e até mesmo para a comunidade escolar.

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Além disso, o evento contou com uma sessão de autógrafos comandada pelo aluno do 8° ano, Victor Corrêa, autor e ilustrador do livro “Meu nome é Victor!”. A obra narra a trajetória de Victor antes e depois de ser diagnosticado com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), incorporando temas como autoaceitação e empatia, conforme explica o autor. “Acho que, conhecendo minha história, as crianças podem entender melhor o autismo. Isso contribui para diminuir o preconceito com o transtorno”, explica ele.

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Sonhos e representatividade

Também na Chatuba, na feira da Escola Municipal Genair Ramos Gabriel, as produções artísticas apresentadas giravam em torno de temas como sonhos e representatividade. Nesse contexto, estudantes produziram desenhos e poesias que retratavam suas aspirações futuras e o significado de sentimentos como amor, alegria, tristeza, entre outros. 

Tendo como base o projeto pedagógico “Genair de Mãos Dadas com a Leitura”, também foram desenvolvidas exposições baseadas nos livros infantis marcados pela representatividade negra e indígena, e pela valorização da cultura brasileira. Vânia Abreu, diretora da unidade escolar, esclarece a relevância de fomentar o debate dessas temáticas no ambiente escolar para o desenvolvimento emocional e pedagógico dos estudantes. “A gente sabe como uma autoestima abalada pode comprometer o desempenho escolar e social da criança. Então, trabalhamos para que os estudantes sintam orgulho da cultura, da ancestralidade, para que possamos evoluir como sociedade e promover ainda mais qualidade dentro da Educação municipal”, argumenta.

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Afroteca

Enquanto isso, na Escola Municipal de Educação Infantil Vereador Nilo Dias Teixeira, no mesmo bairro, os assuntos foram similares. No dia, as atenções dos convidados estavam voltadas para produções que enalteciam a ancestralidade africana e para a inauguração da “Afroteca”, espaço escolar exclusivamente dedicado a comportar livros com essa temática.

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A cerimônia de estreia da sala contou com a presença do convidado Paulo Frazão, professor universitário, mestre em Humanidades, Culturas e Arte, que discursou sobre o papel que o novo espaço irá desempenhar na formação dos estudantes. “A Afroteca chega para valorizar cada vez mais e melhor a cultura afro-brasileira dentro do espaço escolar. Por estar em uma creche, acredito eu que alimente ainda mais a discussão desse tema entre as bases da Educação. É importante e relevante socialmente que as pessoas se reconheçam enquanto sujeitos pertencentes à sociedade, independente da pigmentação da pele ou da textura do cabelo”, pontua.

Para trazer ainda mais música e alegria ao evento, a Feira também contou com a  participação dos representantes da Bateria do Grêmio Recreativo Escola de Samba Chatuba de Mesquita. O grupo performou uma apresentação musical baseada no livro infantil “A menina e o tambor”, reforçando a importância da musicalidade e da ancestralidade na formação das crianças.

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A coordenadora pedagógica da unidade, Jully Hana Santos, expôs sua perspectiva acerca do significado da festividade. “A Feira Artística e Literária representa, acima de tudo, um ato de resistência, afeto e compromisso com uma Educação que representa e acolhe a todos”, declara.

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