Sede conta com seis novas máquinas: a despolpadeira, a envasadora vertical, a câmara frigorífica, a seladora a vácuo, o desidratador de frutas e o lava botas, que potencializa o processo e diminui os desperdícios e os riscos de contaminação
O trabalho será potencializado e melhorado na Agroindústria Familiar do município. Isso porque a sede, em Santa Terezinha, ganhou novos equipamentos, que prometem reduzir o tempo de produção e os desperdícios, além de diminuir os riscos de contaminação das polpas de frutas. São seis novas máquinas: despolpadeira, envasadora vertical, câmara frigorífica, seladora a vácuo, desidratador de frutas e lava botas. A inauguração oficial aconteceu na tarde do dia 4 de dezembro, com uma demonstração completa do processo produtivo pelos agricultores da Cooperativa dos Produtores Agropecuários de Mesquita (COOPAMESQ).
Antes, a equipe conseguia produzir cerca de 200 pacotes de 100 gramas por hora. Com o auxílio da nova envasadora, a fabricação alcança uma produção nove vezes maior do que a anterior, representando por volta de 2 mil pacotes de polpas no mesmo período de tempo. Mas esse é apenas um dos benefícios que a aquisição trouxe, como conta o engenheiro agrônomo da prefeitura, Fabio Vilas Bôas. “Além da praticidade e do aumento da produção, conseguimos reduzir os desperdícios e os riscos de contaminação no processo. A envasadora, inclusive, conta ainda com uma lâmpada germicida, que auxilia para a higiene e integridade dos produtos”, explica.
Enquanto isso, por meio da seladora a vácuo e do desidratador de frutas, será possível diversificar as mercadorias produzidas, com o início da fabricação de frutas desidratadas, e ainda aumentar o tempo de vida útil das mesmas na prateleira. E, também, uma vez que há o aumento da produção no município, portas se abrem para novas possibilidades. “É um grande avanço para a agroindústria. Com esse crescimento, conseguiremos expandir nossos horizontes e firmar mais parcerias. Por exemplo, podemos começar a comercializar esses itens, além de polpas, doces e geleias, que já costumamos produzir, com estabelecimentos comerciais. E, por fim, acrescentar mais renda ao trabalho na cidade”, acrescenta o subsecretário municipal de Agricultura, Glauber Figueiredo. Vale destacar que todas essas fabricações possuem a permissão da Vigilância Sanitária do município.
Passo a passo
Antes de serem transformadas em polpas, as frutas passam por uma etapa de tratamento pela COOPAMESQ. Primeiro, elas são pré-selecionadas e pré-higienizadas para receberem o hipoclorito, uma solução preparada e exclusiva para a higienização. Depois, as frutas são lavadas à máquina para a retirada do excesso da solução e para a seleção final. Elas, então, são despolpadas na sala de produção, passando por um processo de verificação do teor de sólidos solúveis. Logo que as polpas são ensacadas na envasadora, é hora de adesivar os pacotes e levá-los à câmara frigorífica. A última etapa é a comercialização em si, que inclui o direcionamento das polpas para as escolas da rede pública municipal através do Programa Nacional de Alimentação Escolar, o PNAE.
“É uma mudança necessária que implica em cada etapa do processo. Já estamos há algum tempo vendo a questão da licitação para a aquisição desses equipamentos. Mas, enfim, conseguimos. Vejo como um grande investimento que trará ainda mais resultados positivos para a agroindústria”, aborda o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos de Mesquita, Rholmer Louzada Junior.
Agroindústria Familiar
A Agroindústria Familiar de Mesquita fica localizada na Praça João Pontes s/nº, em Santa Terezinha, e possui atualmente cerca de 15 agricultores cadastrados para efetuarem todo o processo. Desde 2017, o trabalho acontece com o registro de comercialização de polpas pelo Ministério da Agricultura, sendo elas de Abacaxi, Acerola, Cajá, Goiaba, Jabuticaba, Manga, Maracujá e Siriguela.
“Quem acompanha a nossa gestão, sabe dos nossos investimentos na tecnologia para otimizar os procedimentos. Isso é visível em muitas secretarias e deve ser também na Agricultura, que faz parte da transformação de matérias-primas e, também, da alimentação dos nossos alunos”, defende Jorge Miranda, prefeito de Mesquita.
