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MESQUITA

Nossa História

Mesquita é o município mais jovem da Baixada Fluminense e do Rio de Janeiro

Sua emancipação de Nova Iguaçu foi sancionada em 25 de setembro de 1999 pela Lei Estadual nº 3.253. Mas sua história começa bem antes, quando a região era habitada pelos indígenas jacutingas, nome dado pelos europeus aos nativos que utilizavam penas da ave jacutinga em seus adornos. Ainda hoje, o bairro de Jacutinga preserva essa memória, sendo um dos poucos da Baixada Fluminense a carregar uma referência direta aos povos originários.

Por volta de 1700, as terras começaram, então, a ser ocupadas por engenhos de cana-de-açúcar, que produziam açúcar e aguardente com mão de obra escrava. Com o passar do tempo, as terras mudaram de proprietários, até chegarem às mãos de Jerônimo José de Mesquita (1826–1886), o primeiro Barão de Mesquita, e posteriormente de seu filho, Jerônimo Roberto de Mesquita (1857-1927), o segundo barão. O nome do município é justamente uma homenagem a essa família, que tinha grandes fazendas na região central da cidade.

Em 1884, a Estrada de Ferro Dom Pedro II (posteriormente Central do Brasil) chegou à região. A parada de trem recebeu o nome de “Barão de Mesquita” e, pouco tempo depois, simplificou-se para “Mesquita”. O transporte ferroviário foi, então, decisivo para o crescimento da localidade, que passou a atrair moradores e investimentos. O declínio das fazendas e, mais tarde, da citricultura, abriu espaço para loteamentos residenciais. O barro abundante das áreas alagadas deu origem a olarias que produziram tijolos e telhas, entre elas a Companhia Ludolf & Ludolf, que chegou a exportar telhas francesas.

Durante a primeira metade do século XX, Mesquita era conhecida por seus extensos laranjais e pelas indústrias de cerâmica. A partir da década de 1940, novas fábricas se instalaram na região, como a Brasferro, a IBT e a Pumar, gerando empregos e ampliando o processo de industrialização.

 

Até o final do século XX, Mesquita era um distrito de Nova Iguaçu. A mobilização popular pelo desmembramento ganhou força na década de 1990, liderada pelo Comitê Pró-Emancipação. Após batalhas judiciais e políticas, a Assembleia Legislativa do Estado aprovou o projeto de criação do município, sancionado pelo então governador Anthony Garotinho, em 1999.

No ano seguinte, em 2000, ocorreram as primeiras eleições municipais. A instalação oficial do município aconteceu em 1º de janeiro de 2001, consolidando a autonomia sonhada por seus moradores.