Evento reuniu autoridades que demonstraram a aplicação do conhecimento científico na prevenção às catástrofes naturais típicas em dias de chuva
À medida que se aproxima o verão, estação conhecida por suas fortes chuvas, é necessário que o poder público apresente os planos de prevenção contra desastres naturais. Diante dessa responsabilidade, agentes da Defesa Civil de Mesquita, em parceria com pesquisadores de instituições federais e estaduais, realizaram o 1º Seminário sobre Riscos de Deslizamentos em Mesquita. O evento aconteceu no dia 13 de novembro, no Auditório Zelito Viana, na Prefeitura de Mesquita, e teve a presença de integrantes das pastas públicas do município.
A mesa de abertura composta por subsecretários municipais e membros da da Defesa Civil de Mesquita ilustrava a importância da integração entre os órgãos municipais para a realização do seminário e, consequentemente, para a contenção de deslizamentos iminentes.
Na abertura, a reunião foi celebrada junto à sua relevância para o bem-estar social. Logo depois, subiram ao palco pesquisadores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC – RJ). Rubem Porto Júnior, professor do departamento de geologia da UFRRJ, ofereceu explicações científicas sobre a incidência de deslizamentos de terra em solo mesquitense. Os riscos para a ocorrência desses desastres foram expostos, justamente para que haja a elaboração de planos de contingência eficientes para preveni-los.
O professor do departamento de geologia da UERJ, Claudio Amaral, era mais um dos palestrantes. O acadêmico coordena o projeto de extensão universitário SAC Mesquita, iniciativa organizada por professores e estudantes da universidade que atua há, aproximadamente, dois anos em parceria com a Defesa Civil de Mesquita. O projeto consiste em um sistema de atendimento on-line que informa aos cidadãos os riscos de deslizamento nas encostas da cidade.
Em sua declaração, Amaral frisou como o conhecimento científico pode auxiliar os governos na elaboração de políticas públicas para a segurança. “Qualquer ação que vise a aplicação do conhecimento científico no encaminhamento de soluções é bem-vinda. Eu acho que, para a Prefeitura de Mesquita, isso é muito positivo. Porque faz com que seus quadros de técnicos fiquem atentos para que nível está o conhecimento e, principalmente, leve à frente a discussão de como abranger o cidadão comum, que, em geral, está muito distante desse tema”, pontuou.
